No começo dos anos 1990, uma moradora de um condomínio do Alto de Pinheiros, em São Paulo, propôs aos seus vizinhos que fizessem separação do lixo doméstico para evitar que os funcionários da limpeza se ferissem com cacos de vidro e tampas de latas.
A ideia pegou. Contente com o resultado, ela foi aprimorando a separação, divulgando a prática e conquistando adeptos no conjunto de prédios, que funciona em regime de autogestão desde sua inauguração, 41 anos atrás.
Em 1992, os seis prédios do Ilhas do Sul formalizaram o sistema de administração do lixo, que cobre os 480 apartamentos de 180 metros quadrados e que funciona direito até hoje, com coletas diárias de recicláveis em todos os andares. No último mês de agosto, saíram dos apartamentos e foram vendidas para empresas recicladoras 12 toneladas de materiais, entre embalagens de plástico, latas, vidros, papéis brancos, papelões, jornais e revistas.