A geração de resíduos domiciliares só faz crescer. No Brasil, foram 4,1% a mais em 2013, chegando a 209,2 mil toneladas por dia. Cada habitante gera 1,04 kg por dia no país. O crescimento do consumo e a consequente geração de resíduos não vêm sendo acompanhados pela remediação dos problemas que decorrem deles.
Parte desse lixo nem é coletado. A maior parte das cidades brasileiras ainda envia o que coleta das casas a lixões. A coleta seletiva é incipiente, a inserção dos catadores de recicláveis –prevista na lei– com registro e remuneração justa na reciclagem é rara e as empresas responsáveis por itens de alto consumo resistem em assumir suas responsabilidades no ciclo de vida integral dos produtos que fazem circular no mercado.
Mas o Brasil não está sozinho no grupo dos países que tem que enfrentar grandes e caros problemas com seus resíduos. O planeta cresce 4 bilhões de toneladas de lixo por ano. E só 20% do total desses resíduos gerados vai para a reciclagem. Mais da metade da população mundial, cerca de 3,5 bilhões, não têm acesso a serviços básicos de gestão de resíduos. É tema fundamental de saúde pública, meio ambiente e infraestrutura.