As áreas urbanas do planeta podem gerar de 7 a 10 bilhões de toneladas de resíduos por ano em domicílios, comércios, indústria e na construção civil. Com o crescimento das populações em países em desenvolvimento, o avanço da urbanização e aumento da capacidade de consumo, estima-se que o volume atual de resíduos gerados pelas cidades asiáticas e africanas dobre até 2030.
O tratamento inadequado desses resíduos é uma das mais graves questões ambientais e de saúde pública atuais. Eles são geradores de gases do efeito estufa e contribuem substancialmente para o aquecimento global.
Hoje, entre 2 e 3 bilhões de pessoas não têm acesso a coleta de resíduos no planeta e 2,5 bilhões vivem sem banheiros e sistemas de esgoto – e a situação é tão preocupante que uma nova resolução da Assembleia Geral da ONU em dezembro de 2015 reconheceu o saneamento básico como um direito humano separado do direito à água potável, para sublinhar sua a importância. A falta de estruturas sanitárias favorece a transmissão de doenças infecciosas, como cólera e hepatite, entre outras.
Um estudo internacional apresentado no segundo semestre de 2015, conduzido pela área de tecnologia do programa ambiental da ONU (a UNEP) e pela Associação Internacional de Resíduos Sólidos ISWA, calcula que a correta gestão dos resíduos poderia cortar 20% das emissões de gases do efeito estufa.
Segundo a UNEP, a falta de medidas concretas de governos e sociedades para destinar corretamente resíduos multiplica por 5 a 10 vezes o custo com remediação dos problemas causados para o ambiente e a saúde das populações.