A Feira Mundial de Xangai, aberta ontem, 1 de maio, deve receber 70 milhões de visitantes nos seus pavilhões e estandes nos próximos seis meses. Numa área de 5,8 km quadrados, estão cerca de 200 representações de países. O tema é “Cidade Melhor, Vida Melhor”. A preparação do espaço e os investimentos em infraestrutura consumiram U$ 4,2 bi, segundo a Associated Press.
As feiras deste tipo são uma espécie de competição aberta internacional de projetos de arquitetura, iluminação, novos usos de materiais, projetos cenográficos, recursos multimídia, conceitos novos.
Segue aqui a minha seleção de projetos interessantes.
Desenhado pelo escritório catalão EMBT Miralles- Tagliabue, o espaço da Espanha tem 7 mil metros quadrados e o tema Construções Habitáveis. A fachada é recoberta por uma trama inspirada em cestaria e o prédio usa materiais leves como bambu e papel para proporcionar transparência da estrutura.
O projeto do pavilhão canadense se apoia nos valores de inclusão, sustentabilidade e criatividade. O escritório Saia, Barbarese & Tapouzanov foi o responsável pelo projeto. O pavilhão se dispõe numa curva que cria uma espécie de praça. A fachada é composta de 4 mil metros de madeira certificada pelo Canadá e pela China. Todo o material pode ser usado depois da desmontagem da feira. Um painel verde de 15 x 40 metros funciona como filtro de ar.
Um dos atrativos do pavilhão da Suíça é o grande jardim na área superior, que pode ser visto a bordo do sistema de cabines móveis tradicionalmente usado nas estações de esqui.
Outro destaque é a fachada no pavilhão, com discos de resina com LEDs apoiados sobre uma rede metálica. O prédio tem 4 mil metros quadrados e é obra dos escritórios Buchner Brundler e Element GmbH, vencedores de concurso realizado em 2006. “Cidade e Campo” é o título do projeto.
O pavilhão do Reino Unido, do designer Thomas Heatherwick, tem dois elementos principais: uma espécie de cubo mais arredondado, formado de filetes de fibra, com 60 mil sementes de espécies do mundo todo, chamado de catedral das sementes, e uma estrutura planificada que é inspirada no formato de uma folha de papel que teria servido de embalagem ao cubo.
O pavilhão francês, de Jacuqes Ferrier, resultado de concurso internacional com 47 escritórios, com fachadas e cobertura verde:
O pavilhão italiano, de GianPaolo Inbrighi
O pavilhão norueguês, de Helen & Hard, de Stavanger
Vencedor de um concurso público para o pavilhão da Dinamarca em 2008, o escritório dinamarquês BIG colocou no projeto as principais atrações de Copenhage.
O uso de bicicletas, como meio para cidades mais humanas e ecológicas, o convivio em áreas verdes, e o porto – com água do mar, uma escultura de sereia e as visuais do skyline, foram os símbolos usados. O prédio poderá ser reutilizado após o final da feira e as bicicletas serão doadas para a cidade. Abaixo, o vídeo que explica a gênese da ideia.