O corte de R$ 17,2 bilhões no Orçamento do Ministério das Cidades neste ano pode atrasar o fim dos lixões. O Ministério tinha uma dotação de R$ 31,74 bilhões para o ano, que caiu para R$ 14,51 bilhões, o que equivale a um corte de 54% em seu limite para gastos.
Os números foram divulgados pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que afirma que o ajuste não afetará os investimentos prioritários, mas os programas de infraestrutura, que envolvem obras de grande complexidade e prazos longos, terão os cronogramas dilatados.
“O grande obstáculo à erradicação dos lixões é a falta de dinheiro das prefeituras, que precisariam receber aportes federais e estaduais. Se o tema já estava esquecido pelo governo, o que dizer agora, com o ajuste fiscal?”, questiona o presidente do Selur (Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo), Ariovaldo Caodaglio.