Até o dia 11, acontece em Paris a COP 21, conferência da ONU sobre mudanças climáticas, que quer chegar a um acordo para reduzir emissões de gases do efeito estufa, limitando em 2ºC o aquecimento da atmosfera até 2100, em comparação com níveis pré-industriais. Um de seus desafios é fazer com que países ricos e pobres concordem sobre compensações de danos causados ao meio ambiente.
As grandes corporações empresariais que se movimentam em volta dos governos e que patrocinam essa cúpula do clima têm um único interesse: fazer lobby para manter a economia global exatamente como está e seguir obtendo seus lucros baseados na economia de combustíveis fósseis.
Essa é a tese central do Brandalism (fusão das palavras Brand, de marca, e Vandalism), movimento que quer desmascarar a maquiagem verde, o greenwashing, técnica usadas pelas empresas para apresentar como ecologicamente corretos iniciativas, políticas e produtos que não são sustentáveis de fato.
O movimento conquistou visibilidade com a campanha de cartazes irônicos criados por 80 artistas, Bansky entre eles, que invadiu os murais de anúncios de rua de Paris a partir do dia 27 de novembro. Com design gráfico bem acabado, as peças satirizam empresas gigantes da economia baseada no petróleo, como Volkswagen e Air France, e governos de países desenvolvidos como Inglaterra, Estados Unidos, Japão e França.