
"Blobwall", de Greg Lynn; arquiteto receberu o Leão de Ouro por melhor instalação na Mostra Internacional de Arquitetura de Veneza
A 11ª Mostra Internacional de Arquitetura de Veneza anunciou no sábado, 13 de setembro, os seus Leões de ouro e prata de instalação, melhor projeto de representação nacional e jovem arquiteto emergente.
O júri do prêmio foi composto por Jeffrey Kipnis (EUA), crítico e docente da Universidade de Ohio, Paola Antonelli (EUA-Itália), curadora da área de Arquitetura e Design do Museum of Modern Art (MoMA) de Nova York, Max Hollein (Áustria), diretor do Städelsches Kunstinstitut e do Schirn Kunsthalle, de Frankfurt, Farshid Moussavi (Irã), fundadora do Foreign Office Architecture de Londres e docente da Harvard University Graduate School of Design, e Luigi Prestinenza Puglisi (Itália), crítico, historiador e docente de História da Arquitetura Contemporânea da Universidade da Sapienza de Roma.
O Leão de ouro para o conjunto da obra é de Frank O. Gehry, conforme já havia sido anunciado em 27 de junho. Segundo o júri, o caráter experimental da obra de Gehry foi responsável pela premiação.
“Frank Gehry transformou a arquitetura moderna. Libertou-a dos confins da caixa e dos limites das práticas construtivas comuns. Do ponto de vista experimental e artístico, a sua obra é modelo para a arquitetura que está por ser construída”, disse o curador da mostra, Aaron Betsky. Gehry projetou para a cidade de Veneza a estação que liga a ilha ao aeroporto.
O especialista em arquitetura do Renascimento James Ackerman recebeu um Leão de Ouro especial. Autor de obras seminais obre Michelângelo e Andrea Palladio, Ackerman recebe a premiação no ano em se comemora os 500 anos de nascimento de Palladio. Também este prêmio já tinha sido anunciado em 27 de junho.
O júri da mostra considerou “Recycled Toys Furniture” como Melhor Projeto de Instalação. Greg Lynn (EUA) recebeu Leão de Ouro em Veneza.
Segundo comunicado do júri, a experiência proposta pela “provocação” de Lynn coloca a pesquisa digital em novo nível. Além de envolver a problemática tradicional da pesquisa arquitetônica, propõe novos e urgentes temas de urgência na reciclagem e proteção do ambiente.
O grupo chileno Elemental recebeu o Leão de Prata destinado aos jovens arquitetos emergentes. O júri atribuiu ao projeto do grupo pela inteligência no tocante aos aspectos econômicos, construtivos e projetuais e a sensibilidade de tratar o contexto, por produzir obra de baixo custo.
O Leão de Ouro pela melhor participação nacional foi para a Polônia, com o projeto do Hotel Polônia – “The Afterlife of Buildings”, de Nicolas Grospierre e Kobas Laksa. Segundo o júri, o projeto traz uma combinação “de argúcia, tecnologia e inteligência”, ao destacar o ciclo de vida dos edifícios no interior das cidades contemporâneas, “oscilando entre arte e manifesto de arquitetura”.