Mais de 800 milhões de pessoas não têm comida suficiente no prato. Uma em cada três crianças sofre de desnutrição. E mesmo com esse panorama, um terço dos alimentos produzidos no mundo é perdido ou estragado entre a produção, a colheita e as etapas de processamento, transporte, distribuição, transformação nas indústrias, vendas, restaurantes, refeitórios e casas, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação, FAO.
Entrepostos, supermercados, feiras e grandes centrais de varejo são locais onde se desperdiçam milhares de toneladas diárias. Mas a pequena linha de montagem doméstica que conecta geladeira, tábua de corte, pia e fogão não fica atrás: calcula-se que 17% do desperdício de alimentos é de responsabilidade do consumidor final.
Nesse mês de outubro, o desperdício de alimentos está em pauta. No sábado (18), em Oakland, nos Estados Unidos, acontece o primeiro “Feeding 5000” da América, já batizado de Woodstock das sobras, um banquete de rua, de graça, para 5.000 pessoas, que será feito com milhares de quilos de produtos que estavam destinados ao lixo porque não atendiam aos padrões das cadeias de supermercados.