A indústria eletrônica é uma das que mais cresce no mundo. Mas ela deixa marcas notáveis: por ano, são geradas até 41 milhões de toneladas de lixo eletrônico a partir de computadores e telefones inteligentes. Até 2017, calcula-se que sejam atingidas as 50 milhões de toneladas.
Publicado na última segunda-feira (12), em Genebra, o relatório “Crimes e Riscos de resíduos”, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, o Pnuma, aponta que de 60% até 90% desse lixo eletrônico são comercializados ilegalmente em rotas de contrabando e no fim da linha podem acabar despejados no meio ambiente.
Em valores, esse mercado ilegal é avaliado entre US$ 12,5 e US$ 18,8 bilhões ao ano, seguindo a estimativa da Interpol, que calcula a tonelada de lixo eletrônico em torno de US$ 500.
Atualmente, Europa e América do Norte são os maiores produtores de lixo eletrônico. África e Ásia são os principais destinos de resíduos perigosos para aterros e para reciclagem. Na África, Gana e Nigéria estão entre os maiores recebedores, ao lado da Costa do Marfim e do Congo. Na Ásia, China, Hong Kong, Paquistão, Índia, Bangladesh e Vietnã recebem remessas ilegais de lixo eletrônico.