Poderia ser apenas um espaço de encontro numa feira de design. Mas é uma usina viva o protótipo de 4 metros de altura mostrado pela empresa de origem sueca Ikea na feira Chart, em Copenhague, Dinamarca, no começo de setembro. Atados à sua estrutura de madeira estão 320 metros de tubulações onde corre um sangue verde com potencial para gerar uma revolução alimentar.
O sangue verde é composto por microalgas. Elas são fotossintéticas – usam a luz solar para converter dióxido de carbono e água em oxigênio, gerando energia de quebra. Podem crescer em água não potável e em solo não cultivável. São rápidas: algumas espécies duplicam de volume em seis horas. Têm mais proteína que a carne, mais ferro que o espinafre e mais betacaroteno que a cenoura, informam os idealizadores do batizado Domo de Algas.
Todas essas qualidades fazem das microalgas elemento chave da alimentação do futuro. Uma “safra sustentável e verde” fora da agricultura tradicional e de seu sistema de distribuição oneroso e poluente está no horizonte de pesquisadores de várias disciplinas.